segunda-feira, maio 01, 2006

Ministro garante resposta em 15 minutos no combate aos fogos florestais


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Veículos ligeiros todo o terreno de bombeiros

O ministro da Administração Interna, António Costa, garantiu hoje que 90% do território nacional terá neste Verão um dispositivo de combate a incêndios florestais capaz de intervir em 15 minutos após a ocorrência de fogos para evitar a propagação das chamas.

António Costa fez este anúncio em Bragança, na apresentação pública do primeiro dispositivo distrital de combate a fogos florestais, numa cerimónia que vai ser repetida em todos os distritos do nosso País.

O governante assegurou que o propósito para esta época de fogos, que arranca no próximo dia 15, é haver "capacidade para intervir no prazo máximo de 15 minutos em cada incêndio nascente", procurando controlá-lo na fase inicial e evitando a sua expansão.

A estratégia "implicou a estruturação de um dispositivo helitransportado e pré-posicionado de meios terrestres que dá uma cobertura de 90% do território nacional com uma capacidade de intervenção em menos de 15 minutos", afirmou o ministro da Administração Interna.

António Costa salientou igualmente o "novo conceito da utilização dos meios aéreos, que serão mobilizados imediatamente para um ataque na primeira intervenção e não resguardados para a intervenção quando o incêndio está a arder já em larga escala".

O ministro garantiu ainda que, já este Verão, haverá uma melhor articulação dos meios humanos, que incluem bombeiros, Guarda Nacional Republicana, sapadores florestais dependentes do Ministério da Agricultura e equipas do Ministério do Ambiente, com o objectivo de "haver prontidão para intervir e não homens e mulheres exaustos por dias e dias de combate insano contra esta terrível ameaça".

O distrito de Bragança conta este ano com um reforço do dispositivo de mais um helicóptero a sul, totalizando duas aeronaves, para além de 1.300 efectivos e 341 viaturas.

Para além do reforço de meios, que muitas vezes são inflacionados, a maior novidade, e a mais positiva, será o facto de atacar em força, recorrendo aos meios aéreos, os fogos nascentes, evitando que adquiram grandes dimensões e se tornem incontroláveis.

No entanto, em termos de melhoria de coordenação, temos dúvidas que tal aconteça, se excluirmos comparações com algumas situações caóticas que se verificaram, dado que não houve melhorias substanciais a nível de sistemas de comunicação, orientação ou mesmo de treinos conjuntos.

Assim, um dos factores essenciais, o treino e a aprendizagem conjunta dos coordenadores dos várias meios envolvidos, que demora tempo e obriga a estabelecer princípios de coordenação operacional bem defenidos e automatizados, parece continuar por alcançar, facto que, só por sí, pode comprometer o exito da próxima campanha.

1 comentário:

Nuno Cabeçadas disse...

Já está publicado.

Um abraço e obrigado pela visita.