Seja pela observação directa, e a foto que tiramos mostra um veículo em contramão, seja através de testemunhos dignos de confiança, os exemplos e descrições de uma condução perigosa, ou mesmo criminosa, por parte de condutores de cujas qualificações duvidamos e que, aparentemente, as autoridades têm dificuldades em controlar, parece aumentar nos grandes centros urbanos e zonas circundantes, o que, naturalmente, contribui para uma evolução que é necessário contrariar com medidas rápidas e incisivas.
Não temos dúvidas que a mão de obra emigrante é necessária, e que devemos acolher, sempre que possível e até ao limite das possibilidades, em condições de dignidade, o que significa não desregular o mercado, aqules que procuram um futuro melhor no nosso País, dando-lhes as condições para que possam exercer a sua profissão, incluindo a preparação necessária para o fazer.
Após um longo período de evolução positiva, com os acidentes rodoviários com vítimas, sobretudo as mais graves ou mortais, a diminuirem lenta, mas continuamente, esta inflexão é preocupante e necessita de uma análise por parte das entidades competentes, que não se podem esconder atrás de supostos preconceitos ou acusações de xenofobia para ignorar factos evidentes e que comprometem a segurança de todos os utentes das vias de circulação.
O aumento da sinistralidade não é somente uma questão de segurança rodoviária, tem por detrás um conjunto de factores muito mais vastos, a nível social e económico, que dificilmente se podem ultrapassar por via administrativa ou jurídica, carencendo de uma intervenção profunda a nível das causas, ou seja, tem que haver por parte do poder político a capacidade de legislar e fazer cumprir a legislação que possa corrigir uma série de anomalias que distorcem o mercado laboral e violam princípios básicos de igualdade defendidos pela Constituição, mas que parecem ser impunemente ignorados.
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