No entanto, observando a situação nas urgêncis e centros de saúde, não podemos deixar de nos interrogarmos quanto à relação entre o número de óbitos e a ausência de um atendimento atempado e das consequências, sobretudo nos mais idosos, de tempos de espera, em condições muito defecientes e, muitas vezes, indignas, que podemos observar e que todos testemunham, incluindo-se aqui utentes e profissionais de saúde.
As longas esperas, mesmo para casos considerados graves e aos quais são atribuídas pulseiras amarelas, bem como as condições de permanência em meio hospitalar, em locais sobrelotados, ou mesmo nas longas filas à porta de centros de saúde, onde a exposição ao frio e à chuva é constante, num período frio e propenso a doenças respiratórias, tem, inevitavelmente, consequências, sendo o aumento de mortalidade uma inevitabilidade.
É indesmentível a gravidade da situação, bastando observar as salas de espera e os corredores dos hospitais ou os próprios parques de estacionamento, onde se acumulam ambulâncias, impossibilitadas de recuperar as macas essenciais para a sua missão, onde ainda se encontram, por vezes por várias horas os doentes transportados, o que compromete uma boa parte dos meios de socorro, já muito desgastados na actual conjuntura.
Com os locais de atendimento a uma distância cada vez superior, não é apenas o tempo de socorro que aumenta, com as consequências que tal tem para os pacientes, mas o esforço e comprometimento de meios que atinge níveis que implica que muitos serviços de urgência requisitados pelo INEM aos bombeiros é recusado por falta de meios, sendo certo que tal se irá agravar com a indisponibilidade noturna de dois dos quatro helicópteros do INEM a partir do início do ano.
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