sexta-feira, junho 08, 2007

Começa campanha de prevenção no Parque de Monsanto


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Vista de Lisboa a partir de Monsanto

Foi apresentado o "Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Câmara Municipal de Lisboa", que visa, essencialmente, defender o parque de Monsanto, considerado essencial para renovar o ar da cidade.

Apesar de os incêndios nesta mancha florestal terem vindo a diminuir devido ao esforço de prevenção e pelo maior número de visitantes, a autarquia considerou ser necessária uma campanha de sensibilização que alerte para as consequências de atitudes de risco.

Esta campanha, denominada "Portugal sem fogos depende de todos - Monsanto depende de si!", vai iniciar-se em Junho e decorre até Setembro, sendo apresentada nos écrans do Canal Lisboa, e incluirá diverso material para ser distribuido aos munícipes, que inclui como cartazes, folhetos e autocolantes com números de emergência e medidas a adoptar para prevenir os incêndios.

O facto de esta mata ser cada vez mais visitada veio provocar uma diminuição substancial da área ardida, que passou de 25.000 metros quadrados de 1999 para apenas 2.800 em 2006, o que vem demonstrar o erro de certas opções que se orientam pelo princípio oposto e consideram que sem visitantes, não haverá incêndios.

Obviamente, os 900 hectares desta área verde podem parecer insignificantes quando comparados com alguns parques naturais, mas não deixa de ser possível tirar um conjunto de conclusões importantes na área da prevenção.

Para além do esforço dos Bombeiros Sapadores, o ordenamento, a limpeza e, sobretudo, o facto de ser um espaço cada vez mais utilizado tem tido um impacto positivo na diminuição de área ardida, sendo que, eliminando um ou mais destes factores, o resultado seria completamente diferente.

Esta é uma abordagem diferente da praticada, por exemplo, no Parque Nacional da Peneda Gerês, onde a opção por portagens pode levar à diminuição do número de visitantes, resultando numa menor capacidade de alerta e numa maior facilidade de os incêndios atingirem maiores dimensões antes de serem detectados.

Por outro lado, existe uma opção de rentabilizar o Parque de Monsanto, atraindo visitantes através de diversos programas, circuitos e locais de lazer, no sentido da auto-sustentação, mesmo que parcial, do espaço, factor essencial para o desenvolvimento de novas potencialidades, do que resulta uma melhor protecção desta mancha florestal.

Salvaguardando as devidas diferenças, estas são duas opções diferentes, cujos méritos podem ser facilmente avaliados pelos resultados, os quais são conhecidos por todos.

2 comentários:

Spitfire disse...

Cito "...área ardida, que passou de 25.000 metros quadrados de 1999 para apenas 2.800 em 2006...", é curioso referirem o ano de 1999, e não o anterior, onde a área era MENOS DE METADE, não acha? Nem referirem o ano de 2001, em que a área foi superior À de 1999... assim dá-se a ideia de que o trebalho tem corrido bem, sempre a descer num intervalo de tempo já considerável.

Spitfire disse...

Outra situação interessante:
O parque florestal de Monsanto sempre teve a "má fama" de ser uma zona de prostituição... ora, onde há prostituição não é concerteza um local onde se escolha ir passar uma tarde com a família e os filhos, certo?
Por acaso, já alguém lhe disse quem foi que irradicou a prostituição do parque florestal de Monsanto?

Pois eu digo-lhe que não foi nenhuma das entidades que os artigos dos jornais, os cartazes, ou qualquer outro tipo de "propaganda" anunciam! Foi a Polícia Florestal de Monsanto.