quinta-feira, abril 03, 2025

Governo americano usa (ilegalmente) o Signal - 3ª parte

O boletim disponibilizado pelo Pentágono dias após a fuga, alertando para vulnerabilidades no Signal, faz menção à possibilidade de as mensagens serem enviadas para diversos dispositivos do mesmo utilizador, para o que este tem que proceder a uma autenticação, o que permitiria usar esquemas de "phishing" para ligar dispositivos controlados por quem pretenda interceptar as mensagens o que, mais uma vez, aponta para erros de utilização e não para vulnerabilidades da plataforma.

Seja como for, e excluindo o erro, o Signal demonstrou ser eficaz e seguro, obviamente uma boa escolha para a maioria dos utilizadores, mas incompatível com a legislação e procedimentos a seguir por entidades oficiais americanas e, como qualquer plataforma, incapaz de controlar os erros de um dos seus utilizadores, que abriu a porta a alguém que, quase certamente, pensava ser outro utilizador.

Paradoxalmente, poucas vezes o Signal, que, apesar da sua qualidade, tem um muito menor número de utilizadores do que, por exemplo, o Whatsapp, terá tido tanta publicidade como a que resultou deste incidente, o que significa que, sem dúvida, é o grande beneficiado por este incidente, não obstante as tentativas de o denegrir, sendo certo que o número de utilizadores irá aumentar a partir de agora.

Não podemos deixar de aconselhar os nossos leitores, sobretudo aqueles que utilizam plataformas de mensagens instantâneas com suporte de voz e vídeo, a testar o Signal, como uma alternativa a sistemas mais comuns, certos que apreciarão as funcionalidades e que, com o crescente número de adesões, que consideramos mais do que justificadas, o Signal poderá vir a alcançar uma posição cimeira neste segmento que tem vindo a ganhar uma importância crescente.

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