quinta-feira, janeiro 24, 2008

56 meios aéreos no combate aos fogos no Verão de 2008


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Um Eurocopter AS350 B-3

O ministro da Administração Interna (MAI), Rui Pereira anunciou que este ano a Autoridade Nacional de Protecção Civil vai dispor de um total de 56 meios aéreos de combate a incêndios florestais na altura crítica das operações, ou seja na "Fase Charlie".

Este conjunto de meios suplanta os 52 que estiveram disponíveis no ano passado, tendo sido já dado início ao concurso que visa alugar 10 helicópteros de combate aos incêndios.

O ministro também revelou que a Empresa de Meios Aéreos (EMA), responsável pela gestão da frota de aeronaves do Estado destinada a missões na área da Administração Interna e especificamente no combate a fogos, receberá até ao final do mês o Certificado de Operador de Trabalho Aéreo solicitado ao Instituto Nacional de Aviação Civil.

O titular do MAI também informou que já se encontra operacional a base de Ponte de Sôr, onde ficarão estacionados os meios aéreos da EMA e os que vierem a alugados durante o próximo Verão.

Em termos de reforços terrestres, o titular do MAI adiantou que em Junho estará operacional a 2ª Companhia da Força Especial de Bombeiros, vulgarmente conhecidos por Canarinhos, o que permite alargar a área de intervenção aos distritos de Évora, Beja e Setúbal.

No ano de 2007, a 1ª Companhia tinha como zona de actuação os distritos da Guarda, Portalegre, Santarém e Castelo Branco, havendo na altura a promessa de expandir os efectivos e a área de intervenção.

Torna-se óbvio que a primazia continua a ser dada ao combate, com uma aposta fraca na prevenção a inexistência de medidas estruturais que combatam a desertificação do Interior e contribuam para a sustentabilidade das zonas mais pobres do nosso País.

Enquanto não houver uma mudança de políticas e de mentalidades, Portugal ficará cada vez mais confinado a uma faixa junto do Litoral, mais estreira em cada ano, enquanto o Interior do País desaparecerá em termos populacionais e económicos, sendo que, continuando por esta via, o combate aos incêndios começará a carecer de sentido ao realizar-se em áreas onde, para usar as palavras do ministro Mário Lino, não há gente, não há hospitais, não há indústria...

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