terça-feira, março 24, 2009

Fogos regressam ao Parque da Peneda-Gerês


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Um incêndio florestal

O regresso dos incêndios a áreas protegidas, entre elas o Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), volta a levantar questões quanto às acções de prevenção realizadas em áreas que deviam ter uma atenção especial por parte das autoridades oficiais.

A opção por uma estratégia de isolamento das áreas protegidas, vedando cada vez mais os acessos, incluindo a absurda imposição de portagens no PNPG, ao invês de proteger estas zonas, torna-as especialmente vulneráveis, dificultando a detecção e resultanto numa cada vez maior intransitabilidade dos caminhos florestais.

O contínuo argumento de falta de acessos, que surge como uma justificação para as dificuldades e insucesso do combate, resulta de opções erradas, que julgam que vedar as áreas protegidas, eliminando visitantes, ou optam por afastar populações que se vêm impossibilidades de resistir às restrições impostas, é algo de constante, mas as consequências, visíveis por todos, não alteram esta opção.

Como justificação, surgem as quase contínuas alegações de fogo posto, apontando para actos criminosos o que bem pode ter origem numa estratégia errada, que se limita a aumentar a vulnerabilidade e a retirar a sustentabilidade de áreas protegidas.

Quem cria os cenários é, em larga medida, a classe política, dando origem a um conjunto de permissas onde os actores acabam por se limitar a representar os papeis atribuidos, quase sem liberdade de improvisação, narrando uma história com fim conhecido.

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