quarta-feira, dezembro 26, 2018

O socorro na queda do helicóptero do INEM - 5ª parte

Acresce o facto de, como consequência da violência do impacto, que se presume ter sido numa torre de comunicações sem iluminação, os destroços ficaram espalhados por uma faixa com perto de 700 metros, pelo que a localização de um vestígio pode não apontar para o local onde os destroços de maiores dimensões e os corpos dos ocupantes se encontravam.

Esta demora na localização, tendo em conta o local e as condições climatéricas, não nos espanta, sendo que, na ausência de um sinal que facilite a localização, existem locais mais propensos a acidentes, nomeadamente linhas eléctricas ou torres de comunicações situadas em locais elevados, onde a possibilidade de colisões são maiores, e que devem ser verificados numa primeira fase.

Assim, enquanto o tempo necessário a comunicações e ao processamento das informações necessárias para activar os meios de soccorro adequados, e que está estimado em perto de duas horas, é manifestamente exagerado, no limite inadmissível, o espaço de tempo em que decorreram as operações no terreno, tendo em conta os condicionalismos existentes, parece perfeitamente justificável, sem atrasos ou demoras difíceis de entender.

Aliás, o esforço no terreno, que envolveu diversas entidades ligadas ao socorro e à segurança, bem como a preciosa colaboração de residentes na zona, alguns dos quais dispunham de veículos todo o terreno, é de louvar, não se poupando a esforços e sacrifícios numa operação que, à partida, era difícil e com um desfecho, infelizmente, quase certo.

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