Mesmo com vários factores a contribuir para esta tragédia, e o atraso no envio de mensagens da alerta para as populações terá tido o seu impacto, a actual configuração da cidade de Valência, com este parque no antigo leito do rio, continua a ser perigosa, o que leva a equacionar se o desvio do rio do seu leito original como forma de evitar cheias fará sentido e os resultados não estarão afastados dos pretendidos.
A primeira ideia que ocorre era a de manter o antigo leito e construir o novo, o que permitiria ir regulando os caudais de acordo com as necessidades, obtendo um maior nível de controle, regulando fluxos, o que, conjuntamente com um sistema de escoamento adequado, permitisse reduzir a possibilidade de cheias, parecendo algo imprudente a solução actual, tal a orografia da região.
Seria de reequacionar esta solução, corrigir eventuais erros e estudar o sucedido, não apenas para prevenir situações semelhantes no futuro, mas também para avaliar este tipo de opção, concretamente no respeitante ao desvio do leito de um rio a ao tipo de aproveitamento que se pode fazer do leito original, de modo a que este não coloque em risco as zonas circundantes.
Esta tragédia, para além das vítimas e de todos os prejuízos, promete um terramoto político em Espanha, face ao desastroso socorro prestado às populações, às reações perante as visitas dos Reis, do chefe do Governo e do presidente da junta local, e ao prolongar das acções de socorro, que parecem incapazes de controlar uma situação que continua crítica e à mercê das condições climáticas, mantendo uma insegurança que irá perdurar por um período indeterminado e com consequências imprevisíveis.
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