domingo, maio 04, 2008

Central de compras e padronização de meios - 1ª parte


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Veículo dos bombeiros de Santarém

Já abordamos por diversas vezes a questão polémica de propor que os meios de combate a incêndios adquiridos com fundos públicos ou comunitários ficassem na dependência dos Comandos Distritais de Operações de Socorro, com tripulações profissionais, e que fossem atribuidos temporariamente às corporações com base em critérios de necessidade.

No entanto, para além de questões relacionadas com a operacionalidade e a própria propriedade dos equipamentos em causa, o próprio processo de selecção e aquisição seria alterado, visando uma economia de escala através de um sistema de compras centralizado e uma padronização de modelos, facilitando o treino, a gestão, a coordenação e a própria logística.

Vários fabricantes de veículos, alguns dos quais fornecedores do próprio Estado, têm nos seus catálogos modelos adequados às diversas missões de protecção civil, sendo possível negociar directamente, com base num número mínimo de aquisições anuais e descontos suplementares quando determinados patamares quantitativos forem alcançados.

Esta prática, adoptada na maior parte dos sectores do Estado através de Centrais de Compras, que qualificam os fornecedores, verificam o seu cumprimento enquanto empresa, estabelecem e padronizam cadernos de enargos e condições de aquisição, tem poupado ao erário público quantias substanciais, pelo que dever ser adoptada universalmente.

Por outro lado, os custos escondidos que resultam da multiplicidade de modelos em uso, muitos deles inadequados ou com sérias deficiências a nível de segurança, os quais se traduzem em despesas acrescidas em termos de manutenção, impossibilidade de manter "stocks" de peças, dificuldades em padronizar equipamentos opcionais, entre outras, a que se acrescem os encargos com treinos específicos e a maior dificuldade em substituir tripulações, acabam por recair sobre o orçamento da Protecção Civil, que assim é inutilmente sobrecarregado.

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