terça-feira, abril 15, 2008

Novas viaturas de bombeiros: corporações ou CDOS?


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Uma cerimónia de entrega de veículos

Este ano cinco corporações do distrito de Aveiro vão ser reforçadas com cinco novos veículos de combate a incêndios, adquiridos através de verbas comunitárias.

O anúncio foi feito pelo governador civil de Aveiro, Filipe Neto Brandão, durante o exercício de combate a fogos florestais "ECIF 2998", que decorreu em Vila Nova de Fusos, no concelho de Albergaria-a-Velha, e que mobilizou 250 bombeiros e perto de meia centena de viaturas.

O local foi escolhido devido a ser uma zona considerada perigosa, não obstante os trabalhos de prevenção que levaram à criação de barreiras de contenção de fogo e os fáceis acessos de que está dotada,

Neste exercício, que não incluiu quaiquer meios aéreos, estiveram presentes como observadores bombeiros franceses do departamento de Gironde, também compareceram responsáveis nacionais pelas operações de socorro e autoridades da região.

Apesar de uma provável contestação por parte das corporações, estes meios obtidos por via comunitária ou mesmo através da Autoridade Nacional da Protecção Civil deveriam ficar na dependência dos Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS) que os dotaria com elementos profissionais ou, caso tal fosse a opção, os cederia a corporações que dispusessem de equipas permanentes, de acordo com as necessidades destas.

Somos favoráveis a que a profissionalização seja iniciada a nível distrital, onde ficariam concentrados parte dos meios mais pesados, sendo depois extensível às corporações, as quais poderiam também receber como reforço, de acordo com as necessidades, equipas de intervenção profissionais dependentes dos respectivos CDOS.

Continuar a apostar na profissionalização a começar pelas corporações, atribuindo-lhes os equipamentos adquiridos através de fundos públicos ou comunitários, em vez de os centralizar sob um comando distrital, com a capacidade de apoiar os bombeiros voluntários das corporações, corresponde a começar uma casa pelo telhado, sem construir os alicerces que servirão de base a um socorro profissinalizado.

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