quinta-feira, abril 17, 2008

Protecção Civil está mais preparada do que nunca para enfrentar os fogos


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Formatura de canarinhos em Portalegre

O ministro da Administração Interna (MAI), Rui Pereira, assegurou que o País está "mais preparados do que nunca" para prevenir e combater os incêndios florestais que se esperam no próximo Verão.

Estas declarações foram feitas em Portalegre, durante a cerimónia de inauguração das novas instalações do Centro Distrital de Operações e Socorro (CDOS), orçadas em mais de 1.200.000 de euros, altura em que também foram entregues uma viatura de comando e de comunicações e uma tenda operacional.

O ministro apontou para a cooperação entre as várias entidades, que incluem forças de segurança, organizações de socorro, Forças Armadas e a própria sociedade civil, para além da uma coordenação política dependente da Secretaria de Estado da Protecção Civil e de uma estrutura de comando unificado sob a direcção da Autoridade Nacional de Protecção Civil.

Também os meios disponíveis, que incluem 56 aeronaves, 2.300 viaturas e 9.600 efectivos, são, para o titular do MAI, garantia da existência de recursos suficientes para enfrentar os incêndios florestais com maior sucesso do que em anos anteriores.

Estas declarações, que surgem na sequência da reduzida área ardida que se verificou no ano passado, têm um conteúdo de verdade, mas não a descrevem inteiramente, nomeadamente ao falar da prevenção, algo escassa, e na reflorestação, quase inexistente, e do número de meios que continuam a ser apresentados em função do número e não da sua capacidade.

Nunca houve um estudo que avalie quanto da redução de área ardida se deve ao progresso a nível do combate, já que em termos de prevenção e de ordenamento muito pouco se tem feito, e quanto é da responsabilidade do substancial aumento de barreiras resultantes da extensa área ardida, de alterações climáticas e de todos os factores que são incontroláveis.

Falta, sobretudo, perante a desertificação do Interior, explicar o que se pretende defender numa substancial parte do território nacional onde poucos habitantes resistem ao isolamento, ao desemprego e ao abandono, sublinhado pelo sucessivo encerramento de valências nas mais diversas áreas de serviços prestados pelo Estado.

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