segunda-feira, janeiro 04, 2021

Número de contágios aumenta uma semana após o Natal - 1ª parte

Com os números de novas infecções a ficar, nos últimos dias, entre os 6.000 e os 7.000, não podemos deixar de fazer uma ligação ao período de Natal, durante o qual houve um alívio de restrições, e que, segundo os especialistas, resultaria num aumento de contágios, com todas as consequências que daí, inevitavelmente, advêm.

Pouco mais de uma semana após o Natal, correspondendo ao período necessário para que os sintomas de uma infecção se sintam, era de prever que os números piorassem de forma substancial, sendo certo que, com a diminuição de testes, como consequência do período festivo, diminuiu substancialmente, o que pode esconder uma situação bastante mais grave do que a que resulta dos números conhecidos.

Existirá, portanto, uma "cifra negra", que decorre do menor número de testes realizados após o Natal, bem como em atrasos no processamento dos mesmos e introdução de dados no sistema informático que gere estes dados, algo normal numa época em que os recursos humanos disponíveis diminuem, obrigando a um redirecionamento dos efectivos disponíveis no sentido de responder a necessidades mais prementes.

Esta consequência era esperada por todos quantos analizam os números e recorrem a modelos matemáticos que permitem obter projecções que, mesmo sendo falíveis por dependerem de um conjunto de imponderáveis, alguns tão difíceis de prever como o estado do tempo ou uma simples evolução científica ou tecnológica que pode ser interpretada de forma inesperada, apontavam decididamente no sentido do agravamento da situação pandémica em Portugal.

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