terça-feira, julho 03, 2007

Novo incêndio nas Matas Nacionais


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Um Canadair numa frente de incêndio

No dia seguinte ao incêndio em S. Pedro de Moel, verificou-se uma nova ocorrência na mesma zona, nas Matas Nacionais em Portela, no concelho da Marinha Grande, distrito de Leiria.

Este incêndio foi detectado pelas 11:30, tendo sido combatido por 79 bombeiros de nove corporações com o apoio de 21 viaturas, um helicóptero e dois aviões.

Este incêndio foi circunscrito cerca de uma hora após o alerta e ocorreu fora da área afectada na véspera, o que, numa análise inicial, afasta a hipótese de um reacendimento.

Ficaram na zona três equipas de bombeiros em prevenção, de modo a evitar que se verifiquem reacendimentos, sobretudo por se esperar uma subida de temperatura durante o dia de hoje.

O Instituto de Meteorologia (IM) prevê mais um aumento da temperatura para o dia de hoje, resultando num risco de incêndio muito elevado nos concelhos do Algarve, para onde se esperam temperaturas máximas de 30 graus.

Durante a "Fase Bravo", a área ardida foi a menor dos últimos anos, tendo para o facto contribuido as baixas temperaturas e a chuva que se verificou em muitos pontos do País, mas com a chegada do mês de Julho, a situação poderá começar a mudar, não obstante ser menos favorável à propagação de incêndios do que em Verões anteriores.

Continuamos a assistir a níveis de alerta que derivam em demasiado da previsão das condições meteorológicas e têm em menor linha de conta um conjunto de informações complementares que acabam por ser determinantes, nas quais podemos incluir efeitos resultantes da evolução meteorológica dos últimos meses, descontinuidades ou outros obstáculos, naturais ou artificiais, que possam deter o avanço das chamas.

Uma carta de risco mais interactiva, na qual os elementos destacados no terreno pudessem introduzir dados e informações que só eles podem avaliar, poderá dar uma ideia mais correcta dos perigos existentes em cada momento e da forma como será mais adequado enfrentá-los.

As actuais tecnologias a nível de cartografia digital aliadas à cada vez maior velocidade de comunicação pode e deve ser utilizada como instrumento de planeamento, visando distribuir meios, pré posicionando-os nas zonas de maior risco potencial e dando aos centros de comando instrumentos de apoio à decisão actualizados em tempo quase real.

Mais do que uma longa listagem de meios, cuja necessidade não questionamos, uma táctica pró-activa baseada em informações mais rigorosas resultará numa maior eficiência, em menores riscos e numa maior racionalização, essencial para que exista disponibilidade financeira para os necessários investimentos a longo prazo a nível de ordenamento e de prevenção.

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