quinta-feira, junho 14, 2007

Mais meios aéreos e nova coluna nacional


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Defender dos Bombeiros de Vidago

Este ano vão estar disponíveis um número recorde de meios aéreos para combater os incêndios florestais, apesar de se verificarem atrasos no fornecimento ou adjudicação de diversos aviões e helicópteros.

No total, serão 52 os meios aéreos disponíveis durante a "Fase Charlie", a de maior esforço e que requer maior mobilização na luta contra os incêndios florestais.

Segundo Gil Martins, comandante nacional das Operações de Socorro (CNOS), o atraso na entrega de helicópteros, entre os quais os 6 Kamov Ka-32 encomendados e que só devem estar disponíveis no incício de Julho, não será um problema, pois existem meios de substituição contratados.

Na mesma altura, Gil Martins declarou que "só quando nos forem disponibilizados, decidiremos para onde irão e em que áreas irão ajudar", referindo-se aos helicópteros cuja entrega está atrasada, realçando que "os meios aéreos não apagam fogos" e reafirmando a opção actual por uma primeira intervenção rápida.

Para além do reforço de meios aéreos, foi criada uma nova coluna nacional de socorro no Porto, para reforçar a já existente em Lisboa, composta por meios dos distritos do Porto e de Aveiro e destinada a dar apoio aos distritos mais vulneráveis da região Norte, que incluem Viana do Castelo, Braga, Vila Real e Bragança.

Estas colunas são compostas por três grupos que serão posicionados em locais estratégicos, de acordo com o risco de incêndio previsto pelo Instituto de Meteorologia, de modo a abranger a maior área possível do território nacional.

A opção de pré-posicionar grupos em locais a partir dos quais poderão intervir com rapidez, movimentando-os de acordo com o risco previsto para o dia seguinte, aponta um dos caminhos a seguir, sendo para tal essencial que comecem a surgir unidades de reforço a nível distrital.

A organização actual, baseada em corporações que, na maior parte dos casos, correspondem a concelhos, apresenta problemas que derivam com a baixa flexibilidade em termos de posicionamento, de actuação e do próprio material, que muitas vezes pode não ser rentabilizado da melhor forma.

O investimento em unidades distritais, a ser usadas como reforço e pré-posicionadas em locais de maior risco, seria, na nossa opinião, o primeiro passo na profissionalização e no reequipamento dos bombeiros, constituindo assim forças uniformes, de capacidade conhecida e mais fáceis de movimentar, coordenar e comandar do que dispositivos compostos por corporações locais pouco homogéneas.

Esta opção não exclui, obviamento, o esforço e a colaboração dos actuais voluntários, mas pretende complementar o dispositivo com um escalão mais profissionalizado que, devido à escassez de recursos, dificilmente poderá existir numa primeira fase a nível municipal, mas cujo objectivo é, quando possível, que chegue aos vários níveis organizacionais.

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