Face aos montantes envolvidos, muitos são os planos existentes em diversos municípios que nunca foram colocados em execução, sendo certo que para os municípios de menores dimensões e com menor disponibilidade apenas com apoio do poder central, directamente ou via fundos europeus, é possível realizar este tipo de trabalho, até hoje sucessivamente adiados, não obstante inúmeras promessas.
Assim, entre um elevado investimento inicial e um custo anual, menor, mas que se vai repetir anualmente, e quase certamente com maior gravidade, não será complexo calcular em quantos anos o investimento necessário seria amortizado, sendo óbvio que as obras necessárias implicam incómodos durante a sua execução, mas que podem obviar a que incómodos mais sérios ocorram cada vez que ocorre uma cheia.
Portugal continua a ser gerido com base numa perspectiva de muito curto prazo, sem qualquer planeamento estratégico, mesmo quando existem fundos europeus que permitem realizar um conjunto de investimentos absolutamente necessários, que serão rentabilizados num prazo perfeitamente aceitável, seguindo um modelo de desenvolvimento completamente errado e que necessita de ser mudado em termos estruturais.
Enquanto se continuar a acumular uma enorme percentagem da populações no Litoral, sobretudo nas grandes cidades, a dificuldade em efectuar obras complexas ou de reverter a impermeabilização dos solos é virtualmente impossível, mas poucos políticos terão a visão e a coragem para propor mudanças radicais, que implicam investimentos de monta e incómodos para muitos, sabendo que, sem essas alterações, o futuro sustentável do País está comprometido.
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