sábado, maio 06, 2006

Diesel vegetal


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Produção de combustível alternativo

Um veículo movido exclusivamente a óleo vegetal, o conhecido óleo de fritar usado, chegou ontem a Lisboa depois de ter atravessado o Reino Unido, França e Espanha.

A viagem do veículo até Portugal, partindo da Escócia, insere-se num projecto que pretende demonstrar a possibilidade de utilizar óleos vegetais para substituir o gasóleo em motores a diesel, "sendo apenas necessário proceder a algumas alterações nos veículos".

O condutor do veículo, Antony Barretty, vai recolhendo o óleo em restaurantes ao longo da viagem e procede à sua filtragem para o utilizar como combustível, de modo a fazer o percurso quase a custo zero.

"Este processo já é conhecido desde o tempo em que Rudolf Diesel inventou o motor do mesmo nome", e foi a escolha inicial mas, "devido ao baixo custo do petróleo, a utilização de óleos vegetais como combustível para automóveis nunca foi muito desenvolvida".

O aumento do preço do petróleo e as alterações climáticas poderão contribuir para que este tipo de combustíveis "ganhe novo fôlego", considera a Quercus, que, em comunicado, defende a utilização directa de óleos vegetais em motores a diesel, "dado o seu melhor desempenho ambiental em termos de emissões de gases com efeito de estufa e devido ao seu menor preço".

No "site" do "diesel vegetal", que aconselhamos sinceramente a visitar, é ainda possível encontrar detalhes técnicos relativos a produção e cuidados com o motor desta solução que, sendo económica, necessita de ser encarada com as devidas precauções dadas as imposições do nosso sistema fiscal no respeitante aos combustíveis.

Para além de detalhes das conversões, encontram-se páginas dedicadas a modelos específicos, como Defender 90 ou o Range Rover 2.5, bem como ligações para outros "sites" dedicados a estes combustíveis.

Já não é a primeira vez que abordamos a questão dos combustíveis alternativos, incluindo o biodiesel, dado que o actual preço praticado para combustíveis fósseis, e os aumentos previstos, atinge entre nós valores que dificultam gravemente qualquer actividade, como as que propomos, que implicam o seu consumo em quantidades significativas.

Esperamos que, rapidamente, as alterações fiscais incluidas no Orçamento Geral de Estado e a iniciativa dos empresários, permita o fornecimento de combustíveis alternativos, a custos mais baixos e com menos emissões poluentes, combatendo a dependência portuguesa relativamente a importações de combustíveis fósseis e o efeito de estufa que estes provocam.

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