terça-feira, março 14, 2006

Óleos vegetais - 2ª parte


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Suplemento publicado no jornal italiano L'Unitá

Prosseguimos hoje os textos relativos aos óleos vegetais, com algumas considerações acerca da sua utilização nos motores Diesel.

Os motores que se pretende virem a utilizar óleos vegetais devem de ser modificados e desenvolvidos, para se obter o máximo de desempenho, durabilidade e economia, mas, com algumas precauções, podem dispensar alterações.

Os óleos vegetais oferecem muito melhores capacidades de lubrificação do que o gasóleo fóssil, que necessita da adição de um componente poluente como o enxofre, o qual é totalmente dispensável e inexistente nos óleos vegetais, possibilitando a instalação de oxi-catalisadores nos tubos de descarga dos motores que usam este tipo de combustível.

A utilização de catalisadores é actualmente obrigatória, por razões ambientais, na maioria dos motores, sendo dispensado em alguns motores diesel, devido à necessidade de lubrificação do enxofre, o qual pode danificar as cerâmicas dos sistemas catalíticos, pelo que deve ser tomado um especial cuidado com os mesmos.

A utilização destes sistemas de pós-queima automáticos possibilita, inclusivé, a queima da acroleína e outros produtos orgânicos, que não tiveram tempo suficiente para a combustão completa durante o ciclo da expansão motora, e assim reduzem em até 90% algumas das emissões poluentes.

Para a fase inicial de transição entre a era fóssil e a da utilização das bio-energias, pode-se adicionar até 30% de óleo vegetal bruto e filtrado ao gasóleo que se pode encontrar nos postos de abastecimento, para uso em qualquer motor diesel, sem modificação nenhuma e sem problemas de funcionamento, de armazenamento nem de abastecimento.

Os óleos vegetais, tal como acontece com o biodiesel, não poluem o meio ambiente em caso de vazamento, e são mais seguros do que outros combustíveis, pois não ardem nem explodem à temperatura ambiente.

Dado que derivam de vegetais, responsáveis pela fotossíntese, a qual é obtida através da energia solar, transformando o CO2, poluente, e libertando oxigénio ao ar, este tipo de combustível estimula e rentabiliza a plantação de espécie vegetais, enquanto contribui para purificar o ar que respiramos.

Este tipo de combustíveis tem vindo a despertar um grande interesse quer de organizações ambientalistas, que encontram um meio para controlar a poluição, quer a nível económico, dado reduzirem a dependência de produtos importados e viabilizarem novas produções agrícolas de que o País tanto necessita.

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