quinta-feira, março 16, 2006

Comandantes de Coimbra demitem-se


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Incêndio nos arredores de Coimbra em 2005

Os 24 comandantes das corporações de Bombeiros do distrito de Coimbra demitiram-se em bloco devido à nomeação de um militar da GNR para comandante operacional, segundo anunciou hoje a Federação distrital do sector.

A decisão do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) de nomear um militar da GNR para dirigir o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra, está a provocar descontentamento generalizado nos Bombeiros do distrito, tendo já motivado anteriormente a demissão de cinco comandantes operacionais de zona.

Em comunicado, a Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra afirma que os comandos dos 24 corpos de Bombeiros de todo o distrito aprovaram por unanimidade uma moção onde referem que "não se revêem, no plano pessoal, institucional e operacional, no comando agora nomeado pelo SNBPC".

O mesmo comunicado acrescenta ainda que a tomada de posição foi reforçada com "a total indisponibilidade para participar em qualquer escala de serviço ditada pelo comando operacional distrital".

Ainda segundo a estrutura federativa, "as direcções dos organismos detentores dos corpos de Bombeiros fizeram saber que não aceitam o pedido de demissão dos comandantes, como se manifestam completamente solidárias com os seus comandos, apoiando-os em todas as tomadas de posição que entenderem por convenientes".

No entanto, os Bombeiros estarão "totalmente disponíveis, como sempre estiveram, para continuar a servir as populações do distrito de Coimbra, ou até além-fronteiras", refere-se também no mesmo comunicado.

O SNBPC anunciou no dia 10 deste mês que pretende nomear dois militares da GNR e três do Exército para os Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS), num total de 36 elementos.

A proposta de nomeação de militares para dirigirem CDOS, estruturas distritais do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, tem provocado contestação no sector, tendo levado anteriormente à demissão não só de cinco comandantes operacionais em Coimbra, mas também à contestação por parte de numerosos comandantes de Viana do Castelo e Viseu, tal como noticiamos.

Esta demissão em bloco provavelmente teria sido evitada com diálogo que levasse a uma escolha consensual, ouvindo ambas as partes e respeitando a opinião de todos, tal como temos vindo a propor.

Na verdade, esta situação decorre da nova Lei de Bases da Protecção Civil, na qual não foi acautelada a especificidade do relacionamento com voluntários, tendo-se optado por um sistema de nomeações que só será aplicável na instituição militar.

1 comentário:

Anónimo disse...

Bombeiros de coimbra demitiram-se
Boa noticia para o país


Em 2005 as televisões mostraram os concelhos de coimbra, pampilhosa, arganil, miranda do corvo, tábua e soure a arder como nunca.

em todo o mundo as imagens de coimbra foram terríveis.

o governo muda o comando distrital dos bombeiros porque não pode ficar tudo na mesma e os bombeiros revoltam-se porque não querem ficar dependentes de um militar da gnr.

será que os portugueses sabem que os bombeiros municipais de coimbra e da figueira da foz são comandados por militares e nunca houve contestação? e que esta contestação só existe porque há gente que vive à grande do negócio do fogo?

portugal não pode ser tolerante com a incompetência.

se querem ir embora que tenham boa viagem. os portugueses e os cidadãos do distrito de coimbra agradecem.


contra o país a arder
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