Incêndio nos arredores de Coimbra em 2005
A decisão do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) de nomear um militar da GNR para dirigir o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra, está a provocar descontentamento generalizado nos Bombeiros do distrito, tendo já motivado anteriormente a demissão de cinco comandantes operacionais de zona.
Em comunicado, a Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra afirma que os comandos dos 24 corpos de Bombeiros de todo o distrito aprovaram por unanimidade uma moção onde referem que "não se revêem, no plano pessoal, institucional e operacional, no comando agora nomeado pelo SNBPC".
O mesmo comunicado acrescenta ainda que a tomada de posição foi reforçada com "a total indisponibilidade para participar em qualquer escala de serviço ditada pelo comando operacional distrital".
Ainda segundo a estrutura federativa, "as direcções dos organismos detentores dos corpos de Bombeiros fizeram saber que não aceitam o pedido de demissão dos comandantes, como se manifestam completamente solidárias com os seus comandos, apoiando-os em todas as tomadas de posição que entenderem por convenientes".
No entanto, os Bombeiros estarão "totalmente disponíveis, como sempre estiveram, para continuar a servir as populações do distrito de Coimbra, ou até além-fronteiras", refere-se também no mesmo comunicado.
O SNBPC anunciou no dia 10 deste mês que pretende nomear dois militares da GNR e três do Exército para os Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS), num total de 36 elementos.
A proposta de nomeação de militares para dirigirem CDOS, estruturas distritais do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, tem provocado contestação no sector, tendo levado anteriormente à demissão não só de cinco comandantes operacionais em Coimbra, mas também à contestação por parte de numerosos comandantes de Viana do Castelo e Viseu, tal como noticiamos.
Esta demissão em bloco provavelmente teria sido evitada com diálogo que levasse a uma escolha consensual, ouvindo ambas as partes e respeitando a opinião de todos, tal como temos vindo a propor.
Na verdade, esta situação decorre da nova Lei de Bases da Protecção Civil, na qual não foi acautelada a especificidade do relacionamento com voluntários, tendo-se optado por um sistema de nomeações que só será aplicável na instituição militar.
1 comentário:
Bombeiros de coimbra demitiram-se
Boa noticia para o país
Em 2005 as televisões mostraram os concelhos de coimbra, pampilhosa, arganil, miranda do corvo, tábua e soure a arder como nunca.
em todo o mundo as imagens de coimbra foram terríveis.
o governo muda o comando distrital dos bombeiros porque não pode ficar tudo na mesma e os bombeiros revoltam-se porque não querem ficar dependentes de um militar da gnr.
será que os portugueses sabem que os bombeiros municipais de coimbra e da figueira da foz são comandados por militares e nunca houve contestação? e que esta contestação só existe porque há gente que vive à grande do negócio do fogo?
portugal não pode ser tolerante com a incompetência.
se querem ir embora que tenham boa viagem. os portugueses e os cidadãos do distrito de coimbra agradecem.
contra o país a arder
passa este mail para os teus amigos.
Enviar um comentário