terça-feira, agosto 15, 2006

Idoso morre em Oliveira de Frades


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Apesar das melhorias, os fogo continuam

Um homem morreu esta segunda-feira no incêndio que começou a lavrar há três dias em Paredes e chegou à freguesia de Reigoso, em Oliveira de Frades, disse à Agência Lusa o delegado de saúde local.

Segundo António Cabrita Grade, delegado de saúde substituto de Oliveira de Frades, "um homem de 67 anos foi encontrado carbonizado num caminho florestal de Reigoso, em Oliveira de Frades".

A mesma fonte adiantou que "a confirmação do óbito foi feita por volta das 18:30, tendo já sido identificado" como um "homem natural da freguesia de Reigoso", de nome António Tavares.

De acordo com testemunhos, o idoso terá morrido enqanto tentava salvar das chamas parte de um sistema de irrigação, tendo sido dado como desaparecido durante várias horas até ser encontrado pelos vizinhos, perto da sua habitação, ao final da tarde.

Esta morte eleva para três o número de vidas perdidas nestes últimos quatro dias e verifica-se apenas um dia após o ministro da Administração Interna se ter congratulado porque "não houve mortos nem feridos graves em combate", algo que já comentamos por a considerarmos, no mínimo, demagógica.

Entretanto, vários incêndios continuavam a mobilizar centenas de bombeiros, com destaque para o fogo que contínua a consumir o Parque Nacional da Peneda-Gerês, onde extensas áreas, algumas da maior importância já foram perdidas, levantando questões ambientais e de subsistência para quem lá habita e vive da pastorícia ou da agricultura.

O incêndio por circunscrever que mobilizava mais meios continuava a ser o de Mezio, no distrito de Viana do Castelo, combatido por 372 bombeiros apoiados por 54 veículos, quatro helicópteros, um aerotanque pesado e seis máquinas de arrasto.

Ainda no mesmo distrito, 15 bombeiros com quatro viaturas lutavam contra um fogo não circunscrito em Sobredo, concelho de Ponte da Barca.

No distrito de Aveiro, em Cedrim, no concelho de Sever do Vouga, 190 bombeiros apoiados por 59 viaturas, tentavam circunscrever um incêndio florestal.

Ainda em Aveiro, outro incêndio por circunscrever em Vilar, no concelho de Oliveira de Azeméis, era combatido por 28 bombeiros com oito viaturas e um helicóptero.

Um total de 113 bombeiros com 26 viaturas e um helicóptero lutavam contra as chamas, ainda por controlar, que lavra desde sábado em Paredes, concelho de Oliveira de Frades, no distrito de Viseu, onde um idoso perdeu a vida.

Também no mesmo distrito, um incêndio que deflagrou domingo em Bodiosa, concelho de Viseu, reacendeu-se e mobilizava 45 bombeiros e 15 viaturas, enquanto outro, no Soutinho, no concelho de Oliveira de Frades, era combatido por 52 bombeiros com 12 viaturas e o auxílio do aerotanque pesado Beriev Be-200.

Em Marco de Canaveses, no distrito do Porto, estavam 58 bombeiros, 19 viaturas e um helicóptero, enquanto em Seixinho, no concelho da Trofa, as chamas estavam já controladas mas ocupavam ainda 34 bombeiros e dez viaturas.

Em Vila Nova de Anços, concelho de Soure, no distrito de Coimbra, 23 bombeiros, sete viaturas e dois aerotanques lutavam contra as chamas, entretanto já circunscritas.

No distrito de Santarém, deflagrou pelas 15h30 um incêndio em Bairro, concelho de Ourém, que era combatido por 84 bombeiros, apoiados por 22 veículos, um helicóptero e um aerotanque.

Apesar das condições atmosféricas mais favoráveis, continuam-se a sentir dificuldades e é cada vez mais notório o esgotamento de muitas corporações, sobretudo em zonas do Norte do País onde os incêndios foram particularmente intensos durante estes últimos dez dias.

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