Apenas uma investigação por entidades com a necessária competência técnica poderá apurar o que realmente se passou, mas o simples facto de uma viatura com problemas reconhecidos ter participado em operações, como consequência da garantia de que das falhas conhecidas não resultavam riscos para os ocupantes, implica uma investigação criminal, com a participação do Ministério Público e de auditores e especialistas externos.
Esperamos que os inquéritos sejam efectuados com transparência e rapidez, porque as outras 80 viaturas similares, embora em configurações distintas, atribuídas a diversas corporações, e agora a necessitarem de inspecção, corresponde a uma diminuição da capacidade operacional das corporações, podendo todo o processo, sobretudo se implicar correcções extensas, demorar vários meses, dada a necessidade de substituir componentes.
Só mesmo a correcção de falhas, para além de essencial para uma operação segura, pode conferir tranquilidade e confiança a quem as opera, muitas vezes em situações muito complexas e arriscadas, e que em caso algum deve enfrentar riscos acrescidos ou sentir-se inseguro, esperando-se que todo o processo seja rápido e transparente, de modo a que não subsistam dúvidas e, caso haja responsáveis pelo sucedido, sejam adoptadas as medidas adequadas a estes casos.
No entanto, estamos diante de um caso que pode ser a ponta de um iceberg, com contornos que vão muito para além do que inicialmente se podia supor e que, caso tenham sido entregues veículos não conformes com as especificações, mas que, ainda assim, foram certificados, podem incluir crimes que vão desde o homicídio até falsificação de documentos oficiais, passando por negligência em vários níveis, algo que esperamos que a investigação venha a apurar, como forma de punir os responsáveis pelo sucedido.
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