A manipulação de classificações, normalmente inflacionando-as, de modo a que os resultados surjam como superiores à real valia de quem efectuou um dado teste é algo conhecido, sendo usado para fins comerciais e políticos, por mero comodismo ou por um conjunto infindo de situações que nem vale a pena comentar.
Um dos processos para melhorar resultados é o de recorrer a um método de distribuição, como o da "curva de Gauss", que basicamente ordena as classificações de acordo com o resultado, encaixando-as depois no interior da curva, de forma a que, independentemente dos valores iniciais, estes venham a traduzir-se na estatística esperada.
Exemplificando, vamos admitir que numa centena de exames se pretende obter 10% de classificações de 1, 20 com notas de 2, 40% com a classificação de 3, outros 20% com 4 e 10% com a nota máxima, que será 5.
Folha de cálculo na origem de curva de Gauss
Agora, basta ordenar os exames por classificação, sendo que os 10 melhores, correspondendo a 10%, terão a nota máxima, um 5, mesmo que a sua nota real seja, por exemplo, inferior a 4, dado que para o efeito conta apenas o "ranking" e não o valor bruto.
Seguidamente faz-se o mesmo com as restantes classificações, sempre repetindo o processo com base no ordenamento, até que os 10 últimos serão encaixados no 1, completando assim os 100%.
Este método, que também pode ser prejudicial em termos de classificações, partindo da estatística final para a atribuição da classificação individual, permite um ajuste imediato em função da mensagem a transmitir, bastando para tal alterar a forma ou o posicionamento da curva, sobretudo no seu pico ou mediana, de modo a satisfazer qualquer exigência.
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