quarta-feira, junho 18, 2008

Bombeiros revindicam 60 cêntimos por quilómetro de ambulância - 3ª parte


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Uma ambulância dos bombeiros de Vidago

Apesar de a LBP excluir uma radicalização da luta que inclua prejuizos para as populações, não são excluidas outras formas de luta que serão decididas após a reunião com a ministra, pois para além do custo dos combustíveis, há outras compensações acordadas e protocoladas que o Estado não tem cumprido.

Assim, prevê-se uma reunião onde dificilmente se chegará a um acordo, sobretudo porque, usando como referências os protestos dos transportadores e camionistas por um lado e o dos agricultores por outro, temos que concluir que "este Governo é forte com os fracos e fraco com os fortes", tomando como fraqueza a moderação e a contenção que visam evitar que sejam as populações a sofrer as consequências de uma luta a todos os títulos justa.

A moderação da luta reivindicativa pode, portanto, condicionar todo o processo negocial entre a LBP e o ministério da Saúde, com este último a usar como arma o bom senso com que os bombeiros têm abordado esta questão e que, efectivamente, tem dificultado uma negociação em termos de igualdade.

Caso não haja progressos assinaláveis nas negociações, caberá à LBP enveredar pelo sempre complexo processo de esclarecer as populações e evitar que falhas nos serviços de transporte resultantes de falta de meios ou escassez de verbas sejam utilizados contra os próprios por parte de quem tem direito a um serviço por parte do Estado que este delega sem atribuir as necessárias compensações.

Este é um processo que afecta as corporações como um todo, nas suas diversas vertentes, e não apenas no respeitante ao transporte de doentes que justifica ser devidamente acompanhado por todos, tais as implicações que uma possível ruptura financeira pode ter para o socorro em Portugal.

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