Sem a desculpa de um aviso não correspondente à realidade, mas que traduzia o que a ciência pode prever, as zonas mais vulneráveis da cidade de Lisboa ficaram rapidamente inundadas após a breve mas intensa queda de chuva ocorrida durante a tarde de 2ª feira, com inundações nos locais onde tal costuma suceder.
Sendo no final de Setembro, sendo em meados de Outubro, a realidade é que a cidade continua extremamente vulnerável a uma chuva mais intensa e que os sistemas de drenagem e escoamento são defecientes, seja pela sua inadequação, seja pela manifesta falta de manutenção, potenciando as consequências do desordenamento urbano e do péssimo estado de conservação de numerosos equipamentos.
Se a lamentável e vergonhosa refutação das óbvias responsabilidades da edilidade local nas cheias anteriores, remetendo para um alegado erro no nível de alerta emitido pela Protecção Civil nacional, com base nas previsões do Instituto Português do Mar e da Atomosfera, como se decorressem alterações na resposta camarária caso o alerta fosse "Laranja" e não "Amarelo", rapidamente ruiu, face às evidências, o facto é que nada foi alterado perante um novo alerta, desta vez com o nível superior.
Os locais críticos são perfeitamente conhecidos, seja as áreas críticas, seja um conjunto de estruturas viárias, incluindo desde ruas a viadutos, passando por túneis, muitas vezes planeados de forma muito defeciente, evidenciando erros técnicos que seriam evitados pelo próprio senso comum, como tantas vezes foi demonstrado através de simples conversas com transeuntes, capazes de prever, e mesmo de solucionar, o que os especialistas nem conseguem imaginar.
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