Com o termo da operação que visava a segurança rodoviária no fim de semana prolongado do início de Novembro, a operação Todos os Santos, verifica-se que a sinistralidade rodoviária em Portugal continua a atingir níveis não apenas muito elevados, como crescentes, algo que se tem verificado ao longo dos últimos anos.
Esta evolução negativa, que se segue a outra no sentido positivo, a qual, durante muitos anos, resultou numa descida consistente do número de vítimas de acidentes de viação, já foi abordada por diversas vezes neste "blog", sendo incluídos os dados estatísticos que traduzem uma realidade que, infelizmente, ultrapassa em muito a frieza impessoal dos números.
Têm sido apontadas diversas causas, algumas bastante plausíveis, como uma menor presença visível das autoridades policiais nas estradas ou o uso cada vez mais intensivo de dispositivos electrónicos, incluindo como auxiliares de navegação, resultando na dispersão da atenção dos condutores, mas o facto objectivo é que não existem dados suficientemente objectivos que confirmem ou desmintam o que é, essencialmente, um misto de análise de números e de percepção baseada no conhecimento do comportamento humano.
Assim, será sempre de complementar a realidade traduzida pelos estatísticas de acidentes rodoviários com dados provenientes de outras fontes, nas quais se podem obter informações relevantes, incluindo as circunstâncias de muitos acidentes, as quais constam, embora tardiamente, de acordãos, sempre que do acidente decorre um processo judicial.
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