A estrutura da sinistralidade em Portugal, quando comparada com as médias europeias, inclui problemas graves, como perto de 55% de vítimas mortais dentro das localidades, contra menos de 40% na União Europeia, ou a influência do álcool, que atinge numeros particularmente elevados, inclusivé entre os peões, que, quando autopsiados apresentam taxas de alcoolémia em 20% das vítimas.
É patente nos diversos acordãos, que se podem encontrar coligidos, a enorme percentagem de acidentados, conduzindo as mais diversas viaturas ou deslocando-se a pé, que se encontram alcoolizados, sendo óbvio que o comportamento de muitos, fácil à sua completa irracionalidade, foi influenciado pelo álcool ou por outras substâncias psicotrópicas.
Mas o comportamento não resulta apenas do álcool ou de outras substâncias, mas também da falta de aptidão técnica de muitos condutores, que são incapazes de ajustar o seu comportamento, e aqui a velocidade é decisiva, às circunstâncias do momento, sejam as suas capacidades pessoais, que não são sempre idênticas, mas também às condições de circulação e à presença de outros utentes da via, primando por excesso de confiança, falta de prudência e incapacidade de reagir de forma tecnicamente adequada a cada incidente.
Talvez pior ainda, para além da questão meramente técnica existe uma irresponsabilidade que resulta de as consequências da fiscalização serem particularmente baixas durante vários anos, com menos de 15% das infrações graves a não terem o devido seguimento, ou seja a implicar sanções para o responsável, resultando uma manifesta sensação de impunidade, do que resultava o desprezo de muitos pelo cumprimento das regras mais básicas do Código da Estrada.
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