Publicado o primeiro relatório do apagão de Abril - 2ª parte

Este é apenas um relatório preliminar, entregue perto de um mês antes do prazo estabelecido, sendo que o relatório final apenas deve estar disponível no ano que vem, até ao dia 30 de Setembro de 2026, altura em que os seguros poderão, finalmente, ser activados e os prejudicados poderão pedir indmnizações, caso os responsáveis sejam devidamente identicados e os factos demonstrados assim o permitam.

No entanto, e apesar de este não ser o documento final, são apontadas as causas para o apagão, o que permite, desde já, acelerar os procedimentos que possam prevenir situações semelhantes no futuro, sendo certo que serão necessários investimentos de monta, que devem ser suportados, pelo menos na sua maioria, pelos operadores através dos seus lucros absurdamente elevados, lembrando que em cada factura consta uma parcela referente à disponibilidade do serviço.

Também não podemos deixar de enfatizar que deste apagão decorreram prejuizos de monta, cujo total tentamos estimar em textos anteriores, mas cujo montante real, pelo menos com a aproximação possível, nunca foi revelado, sendo possível que surja na altura da apresentação do relatório final, altura em que seguros e compensações serão activados ou pedidos.

Apesar da complexidade da situação, as explicações confusas, as alegações absurdas ou os atrasos constantes na apresentação de dados, levam a crer que existe uma responsabilidade política que o governo de Espanha quer ocultar, concretamente no respeitante às várias fontes de fornecimento da energia e à forma como a crise foi gerida, eventualmente porque algumas decisões escapam à racionalidade e podem ter uma componente ideológica.