Um incêndio florestal em Portugal
Terminou no final de Setembro a "Fase Charlie", a mais crítica do combate aos fogos florestais, com os números mais trágicos dos últimos anos, que incluem seis mortes, entre eles quatro bombeiros, um elemento do Grupo de Intervenção Protecção e Socorro da Guarda Nacional Republicana (GNR) e um civil, e perto de 100.000 hectares de área ardida.Nesta fase, iniciada a 01 de Julho, estiveram mobilizados 9.324 efectivos, 1.982 viaturas e 44 meios aéreos, tendo participado forças tão diversas como as corporações de bombeiros, GNR, Polícia de Segurança Pública, Força Especial de Bombeiros, conhecidos por "Canarinhos", dependentes da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e sapadores florestais do Agrupamento de Empresas para a Protecção Contra Incêndios (AFOCELCA).
Segundo os dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), arderam até 15 de Setembro 98.698 hectares, correspondendo a um aumento de mais de 130% relativamente aos 42.756 hectares do ano anterior, e foram registadas 19.571 ocorrências, contra os 15.730 fogos no mesmo período de 2011.
Verifica-se, portanto, que, em termos médios, cada ocorrência resultou numa muito maior área ardida relativamente ao ano anterior, facto que necessita de ser analizado, pois pode resultar de factores tão diversos como questões climáticas a uma primeira intervenção menos eficaz, passando por escassez de meios ou maiores dificuldades de acesso.
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