Um incêndio florestal em Portugal
Só o maior incêndio deste ano, que ocorreu em Julho, na Serra do Caldeirão, no Algarve, e devastou os concelhos de Tavira e São Brás de Alportel, destruiu 21.437 hectares, o que corresponde aproximadamente a 22% da área ardida este ano e teve um impacto extremamente negativo no ecosistema e economia algarvias.Foi, aliás, este incêndio de grandes proporções e que se prolongou vários dias que resultou não apenas em críticas ao modo como decorreram as operações no terreno e a sua coordenação nos vários níveis de comando que levaram o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, a solicitar um relatório à ANPC, após esta ter reconhecido falhas na coordenação ou no comando.
O mesmo ministro, após ter recebido o relatório da ANPC, solicitou uma investigação independente, a qual foi entregue ao professor da Universidade de Coimbra, Domingos Xavier Viegas, considerado como a maior autoridade nacional nesta matéria e que estuda o fogo desde há muito.
A questão do número e tipo de meios envolvidos, bem como a sua coordenação, surgiu igualmente noutros incêndios de grandes proporções, tendo sido necessário solicitar apoio externo através do Mecanismo Europeu de Protecção Civil, do que resultou o envio de dois Canadair franceses e dois espanhóis que reforçaram o dispositivo nacional.
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