Refletimos um pouco, em textos previamente publicados, sobre alguns falhanços clamorosos de sondagens eleitorais, uma situação que não ocorre apenas entre nós, mas que, considerando a actual situação política, poderá ter lugar nas próximas eleições legislativas, naquilo que, para muitos, pode constituir uma surpresa, mas que, efectivamente, traduz um conjunto de factores pouco analisados.
Não obstante a conflitualidade social em Portugal, mesmo no seu expoente máximo, ser, tendencialmente, inferior à de muitos outros países, incluindo muitas nações europeias, com baixos níveis de violência física, esta não deixa de se revelar no confronto político e social, do que resulta algum tipo de pressão, condicionante de muitas atitudes ou restritora de alguns comentários, julgados com severidade.
É manifesto, no entanto, que esta atitude, que podemos considerar como embaraço, para não usar a palavra vergonha, e que fazia muitos apoiantes da actual maioria omitir a sua opção política, se tem, por diversos factores, atenuado, resultando na subida desta força política não apenas nas sondagens, mas também na intervenção pública em comícios e outras acções partidárias, cada vez mais concorridas.
Não seria, portanto, uma surpresa que, tal como sucedeu com os Conservadores ingleses, que beneficiaram de um sistema eleitoral diferente, mas apostaram igualmente na estabilidade e no baixo risco da política seguida, os resultados eleitorais da coligação que suporta o actual Governo, não obstante alguns factores de imprevisbilidade, excedesse substancialmente aquele que lhe é conferido pelas sondagens.
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