O escândalo que atravessa a indústria automóvel, protagonizado pela Volkswagen, mas com novas chegadas todos os dias, incluindo as marcas deste grupo alemão, mas também mais um conjunto de fabricantes europeus de relevo, como a Mercedes, BMW ou Peugeot, não tem apenas impacto ambiental, mas económico e na própria justiça e equidade no sector.
Esta falsificação de testes, com base na electrónica e na informação de sensores, permite que, em determinadas condições, que incluem a velocidade constante, o volante imóvel e uma mesma pressão barométrica, um conjunto de factores que se verificam durante os testes em ambiente laboratorial, o sistema de gestão do motor adopte um conjunto de parâmetros que, mesmo à custa do desempenho, restrinja em muito o nível de emissões tóxicas.
Num ambiente real, em estrada, com movimentos do volante, variação de velocidade, oscilações da pressão barométrica, a gestão electrónica muda de mapa, recorrendo a valores que dão prioridade ao desempenho e ao consumo, mesmo que tal seja obtido à custa do aumento da emissão de gases tóxicos, que só excepcionalmente seriam analizados neste tipo de circunstâncias, o que permitiu que largos milhões de veículos circulassem durante anos sem que esta descrepância fosse detectada.
É de salientar que não estamos diante de uma mera emissão de monóxido de carbono, mas de emissões de óxido de Azoto, que contribuem para a queda de chuvas ácidas, cujos valores são ocultados dolosamente através de um sistema complexo, estudado na altura da concepção do modelo, implementado durante o processo de fabrico e omitido na fase de testes que levam ao processo de homologação, pelo que terá, forçosamente, de ser uma opção da marca e nunca uma aventura de um qualquer cientísta louco que passe por bode expiatório.
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