Não é possível, ainda, prever quais os prejuizos para o grupo Volkswagen, mas a antecipação de um enorme decréscimo de vendas, o pagamento de avultadas multas e indemnizações e a necessidade de reestruturar a marca e o grupo terão consequências devastadoras, sendo de prever uma redução dos efectivos laborais, a venda de activos, que podem incluir marcas como a Seat ou a Skoda, e uma desvalorização muito substancial, resultante da conflitualidade legal e da diminuição do nível de confiança dos consumidores.
Acrescem, naturalmente, as acções legais por parte de estados, sobretudo os que taxam os veículos através de uma fórmula onde os factores ambientais têm peso, mas também por parte de muitos consumidores, defraudados, que terão o direito de ser indemnizados pela aquisição de um produto cujas especificações anunciadas pelo fabricante não correspondem ao real.
Devemos dizer que em Portugal, onde o factor de correcção ambiental está presente na fórmula de cálculo do Imposto Único Automóvel, uma falsificação a nível de emissões corresponde a uma poupança fiscal para a marca, penalizando o Erário Público, de forma substancial, constituindo um crime que deve ser investigado e julgado, de modo a que o Estado seja ressarcido pelo prejuizo fiscal, acrescendo, obviamente indemnizações pelos danos ambientais e pelo crime praticado.
Igualmente, tal como noutros países, a venda de veículos das marcas envolvidas deviam ser suspensas, dado que os certficados de homologação deixam de fazer fé, mas o receio de retaliações tem resultado numa resposta fraca, com o Ministro da Economia a garantir que a produção da Autoeuropa não incluiu veículos com o sistema de falsificação de testes implementado, algo que, a bem dizer, parece insuficiente face à mentira generalizada por parte da marca que destruiu qualquer tipo de confiança.
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