Consideramos que era inevitável que todo este longo processo terminasse em tribunal, sendo apenas de estranhar a demora na instauração dos inquéritos o que, naturalmente, dificulta a obtenção da prova, o término do processo antes de prescreveram a totalidade dos crimes e, o que será o mais grave, permitiu o prolongar de uma situação penosa e penalizadora, que muito prejudicou o Estado português.
Ao longo dos anos, temos acompanhado a questão da EMA e dos Kamov, sempre certos de que algo de obscuro estaria por detrás desta empresa pública e do seu modelo de negócio e da escolha de um modelo de aeronave que não se encontrava homologado para a totalidade das missões a que se destinava, bem como todos os subterfúgios utilizados para esconder uma triste realidade.
Naturalmente que ao caso dos Kamov se podem adicionar muitos outros no âmbito da Protecção Civil e do combate aos fogos, sendo certo de que serão encontrados protagonistas ou intervenientes comuns, sejam empresas, sejam indivíduos, que parecem estar sempre presentes numa complexa trama onde uma manifesta falta de transparência e as elevadas verbas envolvidas são factor constante, muitas vezes a coberto de sigílo contratual que, em assuntos de interesse público, nunca deveria servir de pretexto para os obscuros processos adoptados.
Para quantos se interessem mais por este tema, uma pesquisa neste "blog" por "EMA" ou "Empresa de Meios Aéreos" ou "Kamov", que pode igualmente ser pesquisado através dos marcadores laterais, permite relembrar um dos processos mais lamentáveis no âmbito da Protecção Civil, no qual se pode encontrar praticamente tudo o que de errado se pode fazer em termos de gestão pública, que vai muito para além dos habituais erros e falhas, entrando pelo campo criminal.
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