Muitas das alterações implementadas a nível do socorro e dos próprios locais de atendimento tiveram consequências que não foram devidamente acauteladas pelos decisores políticos, que consideraram que a melhoria das vias de comunicações e das tecnologias disponíveis permitiam manter tempos de resposta adequados, ignorando uma multiplicidade de factores que comprometeriam os planos traçados.
As exigências em termos de socorro e dos próprios cuidados de saúde evoluiram, sendo mais exigentes, o que faz todo o sentido face à expectável melhoria de qualidade de vida e a maior longevidade dos dias de hoje que, em contrapartida, resultam noutros problemas, associados a esta exigência e a uma vida mais longa, onde podem ocorrer doenças próprias da idade.
Com as recomendações a apontar para os 7 segundos para o atendimento das chamadas, os 20 que se verificavam e os perto de 65 de hoje, falando sempre em termos de média que permitem desvios gravosos, é manifesto que se tem que exigir uma solução urgente, mas sem que a pressa comprometa a fiabilidade e racionalidade, sendo sempre de equacionar uma solução provisória, mesmo que mais dispendiosa, enquanto se implementa a definitiva, que pode passar por implementações tecnológicas sofisticadas, as quais nunca são imediatas.
Assim, para além da contratação de meios, indispensável no curto prazo, a revisão metodológica e implementação de uma nova plataforma tecnológica, capaz de suportar uma maior descentralização, como forma de incluir outros agentes ou operadores, e o estabelecimento de novos procedimentos, passando pela formação e requalificação do pessoal, surgem como inevitáveis para uma solução racional, eficiente e sustentável, capaz de responder com a rapidez adequada ao encaminhamento dos meios de socorro.
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