Em termos de vantagens, podemos dizer que o SIRESP oferece a maior segurança de uma rede privada, com acessos controlados, tendo os seus utilizadores uma rede extra, dado que podem, para além dos rádios usados neste sistema, usar os seus próprios equipamentos nas várias redes comerciais.
Assim, podemo-nos interrogar se o Estado deve, efectivamente, investir neste sistema, assumindo a posição maioritária, com os investimentos decorrentes, e que são particularmente pesados, sabendo-se que, mesmo que a resiliência aumente, levando a uma ausência de falhas, as funcionalidades não correspondem ao actualmente exigível.
É óbvio que, para além dos custos financeiros envolvidos numa solução completamente nova, existem custos políticos para os partidos que escolheram esta solução e para os protagonistas do negócio, alguns dos quais permanecem no activo e dificilmente aceitariam que este projecto se revelasse um fracasso, com o desempenho operacional que todos conhecemos e o eternizar de conflitos e despesas que, no final, não teriam retorno substantivo.
A falada nacionalização, sempre possível caso não haja acordo, terá custos difíceis de calcular, entrando-se no campo da imprevisibilidade que sempre resulta de um conflito, sendo certo de que, se numa primeira fase pode parecer que o Estado terá poupado ao seguir esta opção, posteriormente o valor pode ser francamente superior, com todos os inconvenientes operacionais resultantes da conflitualidade entre o novo accionista maioritário e o dono da infraestrutura que suporta o sistema.
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