Um conflito entre o Estado e a Altice, dona da rede de comunicações usada pelo SIRESP pode, efectivamente, ser o pior cenário possível, com um impacto directo na operacionalidade do sistema, podendo revelar-se bastante mais complexo do que o resultando do desligar do sinal de satélite, tal como foi ameaçado pelos acionistas privados, mas nunca concretizado.
Por outro lado, continuar a investir nesta plataforma equivale ao esforço desesperado de melhorar um automóvel de concepção ultrapassada e pouco fiável, adicionando sucessivamente opcionais e peças novas, certos de que o resultado final nunca se aproximará do desempenho de um modelo mais recente, por muito dinheiro que nele se invista, dado que a estrutura limita a evolução e compromete seriamente os resultados finais, que nunca serão satisfatórios.
Portanto, seja a aquisição de capital no SIRESP, sejam os investimentos visando o seu melhoramento correspondem a prolongar o longo estertor de uma solução moribunda, incapaz de um desempenho que corresponda às necessidades actuais, pelo que estamos diante de um puro desperdício que nada mais faz do que adiar um fim inevitável, mas permite que, entretanto, os responsáveis escapem ao implacável juizo da opinião pública.
Entretanto, o suposto acordo que estaria perto de ser assinado, passados vários dias após o anúncio, continua por assinar, enquanto as ameaças de nacionalização foram esquecidas, algo que era de esperar, dada a conflitualidade resultante, pelo que os problemas do SIRESP e a indefenição quanto ao seu futuro e operacionalidade permanece enquanto o tempo quente e os consequentes incêndios estão cada vez mais próximos.
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