Passadas mais duas semanas após a sua operacionalização e ultrapassada a barreira dos 2.000 mortos, o ênfase na instalação e uso desta aplicação parece ter desaparecido, verificando-se apenas uma ou outra menção, mas sem a insistência que antes se verificava, algo que surge como contraditório face ao crescente aumento do número de infecções e mortes por Covid-19.
Seria, precisamente, nesta altura que uma aplicação deste tipo, se correctamente programada, em torno de um conceito adequado às circunstância e devidamente implementada, seria mais necessária, mas a falta de adesão, pelas razões que temos vindo a apresentar, derrota qualquer iniciativa, por mais louvável que seja, tornando-a virtualmente inútil.
O sucedido com a "Stay away Covid" espelha a falta de confiança das populações no Estado, que, efectivamente, tende a não agir como pessoa de bem, bastando para tal ver a forma como litiga em tribunal, o tipo de atendimento prestado e a qualidade de alguns serviços, entre os quais podemos encontrar um conjunto de serviços essenciais, prestados de forma deficiente.
Esta falta de confiança, que consideramos estrutural, tem implicações da maior gravidade, que vão muito para além da recusa de uso desta aplicação, abrangendo outro tipo de formas de colaboração ou cooperação e incluindo a não ida a estabelecimentos do sistema público de saúde, com as consequências que todos conhecemos e lamentamos.
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