O inevitável pedido de ajuda internacional, que, em sí, nada tem de humilhante, neste caso vem expor, de forma muito mais acertiva, a incapacidade de quem geriu a crise, agora exposta internacionalmente, bem patente nos orgãos de informação social e nos contactos que recebemos por parte de amigos e conhecidos, alarmados com o descalabro vivido em Portugal.
Se a ideia dos governantes era esconder a tragédia vivida pelo povo português, manifestamente falharam, e o dano reputacional causado terá consequências devastadoras no futuro, afectando, sobretudo, os sectores que mais dependem do exterior, como o turismo, que, cremos, será o sector mais sacrificado, sem possibilidade de regressar aos níveis anteriores durante vários anos.
Mas existem muitos outros efeitos, em muitos outros sectores, incluindo-se aqui a nível de investimentos provenientes do exterior, essenciais para o desenvolvimento da nossa economia e que, face à perda de confiança, irão diminuir de forma substancial, com um impacto particularmente grave numa altura em que o Estado não possui os recursos próprios para aumentar o investimento público.
Com um aumento muito substancial da dívida pública, aumenta a incapacidade de resposta, podendo-se atingir o ponto crítico no momento em que, após numerosos adiamentos, for impossível prolongar as moratórias que se iniciaram em Março de 2020 e se prevê terminarem em Setembro, abrangendo, portanto um período de 18 meses, durante os quais empresas e particulares que a elas recorreram dificilmente terão melhorado as suas perspectivas e adquirido recursos para retornarem a uma nova normalidade.
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