Logicamente, tememos que o processo de desconfinamento seja, tal como o anterior, efectuado sem critério, não observando quaisquer métricas, e que as medidas necessárias para que o processo tenha sucesso, tal como anteriormente, não passem de improvisações sem qualquer base racional.
Acresce o facto de, inevitavelmente, o Mundo ter mudado e, quase certamente, Portugal ter mudado ainda mais, seja porque foi dada primazia a sectores de actividade particularmente afectados, seja pelos danos reputacionais que resultam da manifesta incapacidade de liderança com que a 3ª vaga foi enfrentada e pelos sucessivos casos no processo de vacinação, que levaram o responsável a apresentar o seu pedido de demissão.
Infelizmente, ainda há, e entre estes muitos governantes, quem acredite que se pode reconstruir o país de modo a restaurar tudo o que foi perdido, como se toda esta crise não fosse mais do que um hiato, ignorando a dura realidade e o facto de que é necessário seguir outro rumo, sacrificando parcialmente sectores que necessitam de ser redimensionados à medida da nova realidade.
A ideia de que, com recurso a moratórias, subsídios e empréstimos, é possível manter empresas que, independentemente do sucesso no passado, não vão ter cabimento num país que regressa a uma nova normalidade, muito distinta da que vivemos antes da pandemia, é não apenas absurda, mas criminosa, destruindo recursos preciosos e dando esperança de continuação numa mesma actividade a quem terá, forçosamente, de mudar de rumo.
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