Mais de 2.000.000 de portugueses viram uma conta de correio electrónico comprometida durante o último ano, colocando Portugal em 3º lugar, tendo em conta a população residente, entre os países com maior incidência neste tipo de intrusão, cada vez mais frequente e com consequências potencias que se vão agravando à medida que o recurso a plataformas "online" aumenta.
Num país em que se estima que perto de 75% da população com mais de 15 anos utilize a Internet, o que corresponde a três quartos dos residentes, pode-se, portanto, estimar que perto de 25% terão uma conta de correio electrónica que foi indevidamente acedida, embora estes dados sejam difíceis de estimar porque pode-se ter verificado o comprometimento de diversas contas de um mesmo indivíduo, algo que deve ser considerado como alarmante.
Mesmo tratando-se de dados de tratamento complexo, com consequências muito distintas, que podem ir desde o conhecimento de credenciais que nunca foram utilizadas mas constam de uma lista, passando pela usurpação da conta e realização de acções das quais resultam prejuízo para o proprietário ou para terceiros, passando pelo acesso a contas irrelevantes, por não utilizadas e nas quais não existem conteúdos, os dados agora conhecidos devem merecer reflexão por parte das entidades oficiais, antevendo o impacto que o comprometimento de credenciais pode ter.
É de notar que o comprometimento de contas de correio electrónico pode resultar num enorme conjunto de efeitos colateriais, sobretudo quando estas contas são usadas como forma de validação, autenticação ou recuperação de credenciais de outros "sites", ou mesmo de outras contas, pelo que estamos diante de uma imprevisibilidade quase absoluta no respeitante às consequências resultantes, caso exista a exploração das possibilidades inerentes a cada conta indevidamente acedida.
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