Portugal foi o país da União Europeia onde o preço das telecomunicações mais aumentaram, com aumentos no Índice ao Consumidor que atingem os 4.8%, no que foi o aumento de preços mais substancial dos últimos 26 anos, mantendo uma tendência que parece agravar-se.
O aumento abrange os maiores operadores, que, em muitos locais, são os únicos com serviços disponíveis, incidindo nos contratos que abrangem um maior número de funcionalidades, concretamente aqueles que englobam televisão, Internet e telefone fixo e móvel, e que, sendo tipicamente os mais apetecíveis e que oferecem uma melhor relação entre o preço e a qualidade, serão os mais populares e aos quais dificilmente se pode escapar sem um aumento de encargos contratuais.
Podem ser apontados diversos factores para estes aumentos, que, apesar da argumentação das operadoras, são factuais e inegáveis, encontrando-se entre estes a pouca concorrência num mercado pequeno e mal regulado, com uma supervisão ineficaz, leis pouco claras e políticas de preços desfavoráveis para os consumidores, igualmente penalizados por longos períodos de fidelização.
Independentemente dos motivos para estes aumentos e para os elevados valores praticados, estes representam uma séria penalização para empresas, contribuindo para os elevados custos de contexto que enfrentam neste País, para as famílias, particularmente vulneráveis num período de elevada inflação, e que necessitam das comunicações seja para fins particulares, seja para a sua vida profissional, ou para instituições, muitas das quais dependem das telecomunicações para a sua operação, e que cada vez mais se deparam com valores a pagar incomportáveis.
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