As quatro crianças, para além do apoio lançado por helicóptero, possuiam um conjunto de conhecimentos que lhes permitiu sobreviver, obtendo alimentos, protegendo-se, tanto quanto possível, de animais selvagens e factores adversos, mantendo a calma e racionalidade que, apesar da sua idade, parece ter sido determinante para a sobreviência em condições tão complexas.
Com raras excepções, as crianças que nascem e crescem em cidadas, e são a esmagadora maioria num País onde o Interior está quase desertificado, não desenvolvem este tipo de competências, nem as mesmas lhes são ensinadas, podendo-se excepcionar as que se integram em entidades ou associações onde o contacto com a Natureza e as actividades ao ar livre são norma, caso dos Escuteiros, pelo que lhes faltam as competências para sobreviver fora do seu meio habitual.
Temos que nos interrogar se os mais jovens, numa altura em que o serviço militar deixou de ser obrigatório, algo que é compreensível e justificavel, a falta de preparação para lidar com um conjunto de situações que, sendo improváveis de acontecer, podem ocorrer, deve ser contrariada, introduzindo métodos de aprendizagem que complementem as competências que actualmente se adquirem na escola.
Pode-se equacionar se o sistema de ensino, que, obviamente, deve ser complementar a uma educação que vai muito para além das escola, deve ou não incluir vertentes que abranjam áreas que, aparentemente, podem sair em muito do âmbito dos currículos habituais, onde a ligação a diversas áreas continua excluida, incluinde-se aqui algo tão comum como a interacção com o trânsito a uma menos provável necessidade de sobreviver em situações de catástrofe.
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