A falta de um conjunto de conhecimentos básicos, que resultam, em grande parte, de novos hábitos de convivência e da forma de interagir e brincar dos mais novos, condicionados pela forma como a sociedade trata os mais novos ou pelas novas tecnologias, cada vez mais presentes e substituindo actividades com uma vertente mais física e formas de interacção mais pessoais, acaba por estabelecer limitações, com muitas crianças e jovens a revelarem-se incapazes de enfrentar situações que pareciam ultrapassáveis para quem os antecedeu.
A percepção de que um conjunto de conhecimentos e valências são inúteis pela simples perspectiva de que, com toda a probabilidade, nunca serão utilizados, para além de redutora, afecta os níveis de confiança, reduzindo ou comprometendo outras valências, para as quais são complementares, podendo resultar em efeitos colaterais pouco previsíveis, mas que, em situações limite, podem concretizar-se inesperadamente.
A educação e o ensino necessitam de ser continuamente reavaliadas, de modo a que alguns erros que parecem evidentes, entre estes uma óbvia cedência ao facilitismo, muitas vezes apoiado em tecnologias recentes, seja corrigidos, conferindo uma maior autonomia e capacidade de iniciativa aos mais novos, enquanto são eliminadas dependências de recursos que, estando indisponíveis, comprometem a segurança e, no limite, a própria sobrevivência.
Este salvamente veio lembrar algumas das óbvias defeciências na educação dos mais novos, na sua falta de preparação para enfrentar situações complexas ou lidar com desastres naturais e situações onde a sua sobreviência pode estar em perigo, por falta de preparação, de treino, de um conjunto de conhecimentos básicos que, efectivamente, poucos se preocupam em transmitir, e que não podem ser adquiridos de forma virtual, carecendo de experiência prática e de uma vivência intensa e directa para que sejam devidamente assimilados e, caso necessário, postos em prática.
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