O recente acidente com uma viatura de combate a incêndios florestais, do qual resultou a morte de um bombeiro e ferimentos em quatro, deve ser investigado pelas entidades competentes, mas também avaliado em termos procedimentais, que dependem de quem estabelece as normas a seguir durante as operações.
A perda de uma vida nestas circunstâncias, por despiste de uma viatura com problemas reconhecidos, no regresso de uma missão destinada a controlar uma queimada que não decorreu conforme planeado, é inaceitável e apenas pode acontecer quando não existe uma cultura de segurança devidamente estabelecida e que imponha regras claras quando estejam presentes limitações nos meios a utilizar.
O facto de a Protecção Civil assegurar que não havia riscos acrescidos resultantes dos problemas na viatura acidentada, assumindo assim plena responsabilidade por quaisquer consequências de um acidente, apenas pode ser efectuado após uma peritagem, nunca remotamente, ficando em aberto qual o tipo de investigação foi efectuada para chegar a tal conclusão.
Nas notícias, essas deficiências teriam a ver com tubos associados aos reservatórios destinados ao transporte de água, algo que, podendo parecer inofensivo, pode revelar-se extremamente perigoso, caso ponham em causa a estabilidade da viatura, concretamente, ao permitir que existam transferências de massas resultantes das deslocações de água em depósitos meio cheios.
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