terça-feira, março 11, 2025

A inevitável atração pelo abismo - 2ª parte

Muitas vezes se utiliza a expressão "quem brinca com o foto, queima-se", e esta inevitabilidade, que, muitos pensam só acontecer com os outros, demonstra que muitos não aprenderam com o que sucedeu no Verão de 1914, insistindo em repetí-lo, independentemente das consequências.

E se na Ucrânia, o fogo já foi ateado, e a Europa tem o dever de o apagar, protegendo as vítimas inocentes e garantindo o direito internacional, violado por um país invasor, governado por uma ditadura baseada num poder oligárquico, o que justifica correr os riscos necessários à defesa de valores, princípios e de uma paz futura, que só será duradoura se for justa, em Portugal o incendiarimos político parece aproximar-se de uma espécie de desporto nacional.

A escalada que pode, facilmente, levar a novas eleições, resultante de uma troca de argumentos muitas vezes pouco sérios, perdidos entre insinuações e meias verdades, apontam no sentido de um misto de descontrole e de resignação, típico entre nós, onde a falta de capacidade de entendimento é entendida como uma triste fatalidade, tão inevitável que a todos iliba.

O custo de umas eleições legislativas, as terceiras em pouco mais do que um ano, não corresponde somente aos 25.000.000 de Euros dispendidos directamente, tendo implicações muito mais vastas a nível do aproveitamento dos fundos europeus disponíveis, e onde se verificam atrasos que começaram na legislatura anterior, mas também na confiança depositada pelos investidores, sobretudo a nível internacional, no nosso país.

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