Mesmo o fornecimento de diversos equipamentos, entre estes de protecção individual, e que nesta conjuntura devia ser apressado, de forma a que houvesse a necessária adaptação aos mesmos, está aprazada para o final da "Fase Bravo", o que, de acordo com o que nos ensina a experiência, aponta para um quase certo atraso, ficando em aberta a possibilidade de as entregas terminarem muito depois do prometido e, sobretudo, do período de maior necessidade dos mesmos.
E se relativamente a diversos problemas estruturais, os quais demorariam anos a ultrapassar, pouco se fez, com a vulnerabilidade de extensas áreas do território nacional a agravar-se, fruto da falta de recursos e da desertificação, a insistência em acções pontuais, de curta duração, também deixa muito a desejar, sendo que neste caso existem óbvias responsabilidades e nomes que facilmente se podem apontar.
Assim, não deixa de ser de estranhar que, perante a proximidade de um periodo eleitoral, não tenham sido adoptadas algumas medidas que diminuam o risco de incêndio e, sobretudo, a possibilidade de haver vítimas, compondo um quadro onde a responsabilização política será, obviamente, inevitável se negativa, e negligenciável se positiva.
Portanto, pode-se prever que este seja um Verão complicado em termos de fogos florestais e que estes acabam em arma de arremesso política, dada a proximidade das eleições legislativas, que quase irão coincidir com o termo do período mais crítico de incêndios, podendo mesmo decorrer numa altura em que estes ainda se façam sentir, com todo o peso que tal pode ter, sobretudo nas zonas mais atingidas.
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