sábado, dezembro 03, 2016

Lisboa, cidade fechada - 19ª parte

Da completa ausência da Polícia, salvo junto dos estabelecimentos de ensino, bem como de fiscalização por parte da EMEL, que se limita a vir recolher as moedas que alguns ingénuos vão depositando nos parquímetros, tem resultado um completo caos no trânsito, com viaturas a percorrer as ruas em sentido contrário, sucedendo-se os pequenos acidentes, como resultado destas trajetórias e de estacionamentos em locais indevidos.

Com as faixas de rodagem demasiado estreitas e cruzamento de veículos em sentidos opostos em vias de sentido único, a opção de subir os passeios, como forma de ceder passagem, por vezes embatendo em viaturas estacionadas, é cada vez mais frequente, com os danos a avolumerem-se, resultando em prejuízos substanciais para os proprietários que, naturalmente, não são alertados por quem, no momento do acidente, circula em sentido contrário ao permitido.

Os passeios são demasiado baixos para servir de aviso para trajectórias incorrectas e vias muito estreitas, pelo que a segurança dos peões é escassa, facto tanto mais de lamentar quando tal ocorre em redor de um conjunto de estabelecimentos de ensino que inclui uma escola do primeiro ciclo, onde que a presença de crianças e jovens, sempre vulneráveis, é permanente.

É de notar que as falhas na sinalização, como a ausência de sinais de sentido proíbido ou de obrigatoriedade de virar numa dada direcção, agrava o problema, sendo perfeitamente possível entrar numa rua em sentido contrário sem que nenhum sinal alerte para o que, para além de uma infração grave, é uma manobra perigosa e da qual podem resultar consequências graves.

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