O professor Domingos Xavier Viegas, que coordenou uma equipa que, a pedido do Governo, investigou a tragédia de Pedrógão Grande e realizou um relatório sobre a mesma, deu um mês para que um capítulo, composto de setenta páginas, ainda mantido em segredo seja revelado.
Até hoje, o Ministério da Administração Interna tem-se recusado a revelar o sexto capítulo do relatório alegando que dele constam a identidade de vítimas dos fogos, situação que tem sido desmentida pelo autor, que sustenta não haver referência a nenhuma identificação nas páginas até hoje mantidas em segredo.
Este capítulo já levantou diversas polémicas, com a Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande a ter ameaçado não comparecer a um encontro agendado com o primeiro-ministro caso este último capítulo do relatório não fosse divulgado, tendo obtido o acordo de que, uma vez retirados os nomes das vítimas, este seria divulgado, algo que ainda não sucedeu.
O remeter o problema para a Comissão Nacional de Protecção de Dados, no sentido de esta se pronunciar sobre questões de privacidade envolvidas, e estamos cientes de que a eliminação de nomes pode não corresponder a uma ocultação da identidade, na conjuntura actual surge como um adiar, enquanto se procura uma outra forma de evitar a divulgação do capítulo em falta, reproduzindo uma falta de transparência que é comum nesta área, sendo disso exemplo o relatório sobre a morte de bombeiros no Caramulo.
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