Naturalmente, pela sua importância, os estabelecimentos considerados de interesse estratégico terão condições comerciais particularmente favoráveis, podendo resultar numa rentabilidade directa nula, que será compensada pelo efeito positivo que geram e pelas receitas provenientes de todas as lojas beneficiadas pela sua existência, bem como por todos os negócios associados, que poderão incluir entidades externas.
Aliás, existe uma tendência de em redor de uma empresa de grandes dimensões, mesmo fora do seu âmbito, estabelecerem-se muitas outras, que irão beneficiar das estruturas criadas a nível de distribuição, rede viária e outras infraestruturas, constituindo-se em polos de desenvolvimento, com vertentes tão distintas como o urbanismo ou a cultura, inevitáveis quando novos residentes se estabelecem localmente.
Sabe-se que atrair empresas com as características adequadas tem implicações, nomeadamente a nível de fiscalidade e outras condições que se revelem particularmente atractivas num mercado globalizado, mas a perda resultante de abdicar de receitas e dos apoios a prestar será compensada no médio e longo prazo pelas alterações estuturais resultante da fixação de novas empresas e no progresso local.
Tal implica um plano devidamente estruturado, tempo de execução e a disposição de perder receitas durante um período de alguns anos, o suficiente para que a zona se desenvolva e se torne suficientemente atractiva para que venha a constituir-se como um polo de desenvolvimento regional a ser melhorado e replicado noutras zonas do Interior, num processo lento mas sólido e que tenha impacto estrutural.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário