Obviamente, todos nos interrogamos quanto aos reais motivos da não publicação deste capítulo, não apenas pelo seu conteúdo concreto, nomeadamente no respeitante à forma como ocorreu cada uma das mortes, mas pelo efeito na responsabilização de intervenientes, tal como consta de outros capítulos, podendo levar a uma muito mais forte condenação pública face aos relatos de casos concretos.
Assim se compreende que a razão apontada pela ex-ministra Constança Urbano de Sousa, para remover este capítulo, alegadamente para proteger as identidades das vítimas, cujo nome seria apagado em minutos na versão a publicar, teria um alcance completamente diferente, com um efeito imprevisível e que se poderia revelar devastador para o próprio Governo e para os responsáveis pelas operações.
Se o capítulo em falta, não for tornado publico no prazo indicado, este poderá ser revelado pelo próprio professor Xavier Viegas, ficando assim o público com total acesso a um relatório realizado por especialistas na matéria, cuja isenção consideramos estar acima de qualquer suspeita.
Naturalmente que voltaremos a este assunto, seja quando o Governo proceder à divulgação do capítulo em falta, seja caso esta seja feita pelo professor Xavier Viegas, seja pela manutenção em segredo do conteúdo em falta, situação que, a suceder, carecerá de uma ampla explicação, sem o que dificilmente será aceite pela sociedade e, sobretudo, por todos quantos perderam familiares na tragédia de Pedrogão Grande.
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